Separei três situações para você analisar:
O cliente pode pagar, mas prefere oferecer permuta
Para sair dessa, faça um exercício de inversão da situação. Imagine que você quer comprar um carro zero, entra na concessionária senta com o vendedor, pede todas as especificações (vidro, trava, alarme, IPVA grátis, tanque cheio e som instalado) e, ao realizar o pagamento, saca seu bloquinho e começa: “Vamos lá, como você quer sua nova campanha de marketing?”.
Acha que vai funcionar? Você acredita mesmo que vai sair de carro zero porque ofereceu em troca uma página dupla e um roteiro para comercial de 30 segundos? Pois é, tem cliente que consegue fazer isso com você.
Você quer oferecer um projeto para um cliente que não pode pagar
Aqui a situação é um pouco diferente. Digamos que você teve uma grande idéia para um mercado específico. Sabe que, por exemplo, se investir em links patrocinados e criação de comunidades para uma pequena rede de farmácias no interior de Goiás, fará o rendimento deles triplicar. Só que o cliente ou não acredita, ou não tem verba separada para isso ou nem sabe o que é um link; e ainda mais patrocinado. Mas você acredita na idéia. Então vá em frente SE e somente SE sua atividade freelancer comportar uma verba de investimento.
O que é verba para investimento? Você não fez cartões pessoais pra você, ou passou três semanas criando seu portfólio online? Isso tem um valor e você investiu esta quantidade de horas. Pense da mesma forma: se sua situação atual comportar alguma verba de investimento; use-a para este tipo de projeto. Do contrário não, será prejuízo.
E mesmo se a relação com este cliente não envolver qualquer tipo de compensação financeira imediata para você, registre-a num contratinho simples entre você e o cliente. Sempre ajuda.
Você quer trocar hora de trabalho com um parceiro de atividade complementar
É um tipo comum de parceria, principalmente no mercado digital. O segredo aqui é ser transparente e contabilizar as horas gastar de um lado e de outro, criando um banco de horas a ser compartilhado em projetos futuros.
Mas atenção: busque profissionais realmente complementares a sua atividade. A sobreposição de horas, ou seja, duas pessoas trabalhando na mesma coisa, costuma dar uns atropelos de entendimento e insatisfação que merecem ser evitados.
Mas o ideal continua sendo…
Fazer seu orçamento, aprová-lo, entregar um produto final 100% e receber por isso. A permuta, como vimos pelos exemplos acima é um caso a ser encarado como exceção e não regra.
E vocês, o que acham?