Venda direta é opção viável de carreira


Esqueça estereótipos e clichês sobre o profissional de vendas diretas. Aquela imagem da dona de casa que, para complementar a renda familiar, vende produtos a vizinhos, parentes, amigos e até desconhecidos já não é a única realidade deste tipo de atividade. O segmento cresceu, apareceu e tornou-se uma atraente opção de profissão para estudantes, aposentados e profissionais liberais, além de servir de inspiração para uma parcela cada vez maior de novos empreendedores.

De acordo com a ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), a adesão à atividade cresceu 16,7% no primeiro semestre de 2010, em comparação a igual período de 2009. Hoje, as vendas diretas geram renda para mais de 2,6 milhões de brasileiros, e o número não para de crescer.

O setor faturou R$ 11,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, 21,2% a mais do que nos seis primeiros meses de 2009. A relevância do segmento para o País foi reconhecida com a oficialização do dia 20 de junho como o Dia do Revendedor. Segundo a WFDSA (World Federation of Direct Selling Associations), o Brasil é o 3º no ranking mundial das vendas diretas, atrás apenas de Estados Unidos e Japão.

O rápido avanço também trouxe sutis alterações nas denominações dos profissionais do setor, que, em razão dos altos níveis de envolvimento e profissionalismo, passaram a ser conhecidos por “revendedores“, ”consultores” ou “distribuidores”.

Outra grande vantagem das vendas diretas está na possibilidade da oferta de produtos a preços e condições de compra acessíveis a todas as faixas de renda. Além disso, embora perfumaria, cosméticos, higiene pessoal e suplementos nutricionais respondam por quase 90% do volume de vendas, fabricantes de bijuterias e moda íntima e empresas de viagem estão investindo no setor.

Se em outros tempos os vendedores batiam de porta em porta e, geralmente, eram recebidos, a atual sensação de insegurança fez com que as vendas diretas precisassem passar por um processo de reinvenção. Hoje, o sucesso na área depende da conveniência oferecida e das respostas rápidas ao comprador, além de fatores como a construção e o aumento da rede de relacionamentos – inclusive com apoio das mídias sociais –, o desenvolvimento de ações estratégicas, criatividade, promoções, entre outros.

(Paulo Quaglia é diretor-presidente da ABEVD – Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas)

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